quarta-feira, 6 de maio de 2009

Jesus e a lâmpada de Aladim

Um cristão pode usar o nome de Jesus da mesma forma como o Aladim usa a lâmpada mágica? A teologia da prosperidade diz que sim. Acredita ser igual a um cheque em branco assinado por Deus: é só colocar a quantia e emitir. Que frases do tipo “por amor de Jesus” não devem ser usadas, mas “eu determino”. Que as causas da pobreza, da doença e de outros males são: falta de fé, desconhecimento dos direitos cristãos, porque não se pede a Deus, pecado não confessado, e porque Satanás não foi expulso. Que a Bíblia ensina tudo isto, a exemplo da promessa de Jesus: “Vocês receberão tudo o que me pedirem” (João 15.7).

Seria um cheque em branco sem limites se a promessa não tivesse uma condição: “Se vocês ficarem unidos comigo, e as minhas palavras continuarem em vocês, vocês receberão tudo o que pedirem”. Falo do assunto, pois a Parábola da Videira (João 15.1-7) é a leitura do Evangelho neste 5º Domingo de Páscoa que muitos cristãos vão ouvir nos bancos da igreja. E porque a gente liga a televisão e lá estão eles dizendo que “o nome de Jesus tem poder e os meus problemas acabaram”. No entanto, o cheque é sem fundos.

Também gostaria que todos os meus problemas fossem resolvidos e sonhos realizados. Ter uma casa com carrões na garagem, bastante dinheiro na conta, viajar e conhecer o mundo. Mas nunca me atrevi em pedir tudo isto. Nada contra aqueles que têm ou que almejam ter estas coisas, desde que não transformem isto em “deuses”. Mas até agora não encontrei em nenhum lugar da Bíblia tais promessas ao “filho fiel” – se é que existe este tipo de “filho fiel”.

Não quero desmotivar ninguém na oração, pelo contrário. Até porque o próprio Salvador é quem encoraja: “Peçam e vocês receberão”. Mais adiante o Senhor pergunta: “Por acaso algum de vocês será capaz de dar uma cobra ao seu filho quando ele pede um peixe?... Vocês, mesmo sendo maus, sabem dar coisas boas aos seus filhos. Quanto mais o Pai, que está no céu” (Lucas 11.9-13). No entanto, existe um “se”: “Se vocês ficarem unidos comigo, e as minhas palavras continuarem em vocês...”. Esta é a chave para a oração. Ou como Cristo disse: “Eu sou a videira, e vocês são os ramos. Quem está unido comigo e eu com ele, esse dá muito fruto porque sem mim vocês não podem fazer nada” (João 15.5).

Pois neste mundo com tanto ramo sem a “videira verdadeira” (João 15.1), tanto filho sem a mãe verdadeira, tanta gente sem a vida verdadeira, ainda existe esta epidemia consumista propagandeada por ladrões de ovelhas (João 10.1). A quadrilha que fraudou o INSS na região do Vale dos Sinos e outras por aí ao menos roubam apenas os bens materiais.

É preciso compreender o coração maternal de Deus para saber que a oração do toma-lá-dá-cá não é fé, mas negócio. “Se Deus nos deu o seu Filho”, escreve Paulo, “será que não nos dará também todas as coisas?” (Romanos 8.32). Por isto, “que a tua vontade seja feita” (Mateus 6.10) e nunca “eu determino em nome de Jesus”.

Marcos Schmidt

pastor luterano

marsch@terra.com.br

Igreja Evangélica Luterana do Brasil

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

5 Minuto com Jesus 27/02/09

“Eles dizem: “Com as nossas palavras venceremos; ninguém vai tapar a nossa boca. Quem é que manda em nós?” Mas o Senhor Deus diz: “Agora eu vou agir porque os necessitados estão sendo oprimidos, e os perseguidos gemem de dor. Eu lhes darei a segurança que tanto esperam” (Sl 12.4-5).
Cabo de guerra

Cabo de guerra é um brincadeira em que dois grupos procuram ver quem tem mais força. Cada grupo puxa um extremo da corda tentando trazer os oponentes para o seu lado.
Segundo o texto bíblico do Salmo 12, as pessoas más dizem: “ninguém vai tapar a nossa boca. Quem é que manda em nós?” Parece que muitos pensam assim. Com a ajuda do poder, da riqueza e do materialismo, acham que podem dizer e fazer o que querem e fechar até mesmo a boca de Deus. É a criatura desprezando o criador, julgando-se superior, autosuficiente e independente. Infelizmente, tentar viver a vida sem Deus ou contra Deus parece ser comum em todas as sociedades.
No entanto, sempre existe um “mas”. O salmista muda o rumo desta história colocando uma feliz palavrinha de 3 letras... “Mas o Senhor Deus diz: Agora eu vou agir... eu lhes darei a segurança”.
Era isso o que faltava para dar-nos a segurança necessária: saber que Deus continua no comando do barco. Ele nos dá liberdade e condições para que sejamos administradores da nossa vida, do tempo, das oportunidades e do planeta. Mas ele não deixa de agir quando os necessitados estão sendo oprimidos e os perseguidos gemem de dor. Deus lhes dá segurança quando as outras fortalezas ficam frágeis e não protegem a ninguém.
Quando, na nossa vida, estamos sendo puxados para o lado errado, precisamos olhar para o nosso único Deus que teve o poder de criar o universo, o amor de oferecer o seu Filho Jesus em sacrifício por nós e a fidelidade em cumprir as suas promessas: aí estaremos em segurança real.
Oremos: Querido Pai celeste, quero estar no teu time. Ajuda-me a ver que estás no comando da minha vida. Dá-me segurança para o dia de hoje. Amém.
Pastor Christian Hoffmann

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

5 Minutos com Jesus 23/01/09

“Tu não és Deus que tenha prazer na maldade; tu não permites que os maus sejam teus hóspedes. Tu não suportas a presença dos orgulhosos e detestas os que praticam o mal. Acabas com os mentirosos e desprezas os violentos e os falsos” (Sl 5.4-6).

Atitudes para serem evitadas

Hoje vivemos num mundo que muitas vezes nos surpreende com notícias violentas e cruéis. Também é comum conhecermos ou até vivermos com pessoas que têm atitudes estranhas e reprováveis. Por que isto acontece?
Todas estas questões encontram suas respostas no fato de que o ser humano é, por natureza, pecador e impuro. Este pecado contamina todo o nosso ser desde o pensamento e as palavras até a nossa consciência e ações. Como disse Jesus: “Porque é do coração que vêm os maus pensamentos, os crimes de morte, os adultérios, as imoralidades sexuais, os roubos, as mentiras e as calúnias” (Mt 15.19).
Quando esquecemos que nós somos por natureza pecaminosos e impuros acabamos por negligenciar muitas atitudes, pensamentos e sentimentos que são reprováveis diante de Deus e podemos ser influenciados por aqueles que desconhecem a vontade dele. Tais pessoas são indesculpáveis porque concordam com o que desagrada a Deus.
Certamente existem muitas atitudes que Deus detesta e que devemos evitar, como nos diz o apóstolo Paulo: “Não participem das coisas sem valor que os outros fazem, coisas que pertencem à escuridão. Pelo contrário, tragam todas essas coisas para a luz. Pois é vergonhoso até falar sobre o que essas pessoas fazem em segredo” (Ef 5.11-12).
No entanto, isso será possível quando reconhecermos nosso pecado e buscarmos o perdão de Deus através de Jesus Cristo. Assim, perdoados por Deus, poderemos evitar o pecado e a maldade porque o próprio Deus nos ajudará a fazer a sua vontade. Ele criará uma nova vontade em nós pelo poder do seu Espírito Santo.
Oremos: Senhor Jesus, desejo te servir com tudo o que sou. Sei que sou pecador, mas quero evitar toda e qualquer atitude que possa prejudicar o meu semelhante. Peço que tires de mim o orgulho e todo mal para que eu te sirva em santidade. Amém.
Pastor Leonídio Schulz Görl

domingo, 4 de janeiro de 2009

5 minutos com Jesus

“Três dias depois encontraram o menino num doa pátios do Templo, sentado no meio dos mestres da Lei, ouvindo-os e fazendo perguntas a eles” (Lc 2.46).

Pratiquemos bons costumes

No livro do evangelista Lucas nos é apresentado um hábito praticado pela família de Jesus: o de ir ao templo de Jerusalém. No capítulo 2 está escrito que “todos os anos os pais de Jesus iam a Jerusalém para a Festa da Páscoa” e que “quando Jesus tinha doze anos, eles foram à Festa, conforme o seu costume” (Lc 2.41-42).
Sabemos que há gente que tem o hábito de mentir, de trapacear, de dirigir embriagada, e assim por diante. Certamente você tem alguns costumes também. São eles bons ou maus?
Cultivar bons hábitos é, sem dúvida, algo bom para quem é cristão. Por quê? Porque eles podem auxiliar para que não caiamos da fé em Jesus, o Salvador.
Gostaríamos de lembrar, neste momento, um hábito muito parecido com o da família de Jesus, e que contribui muito para a nossa fé: o bom hábito de se ir à igreja uma vez por semana. É na igreja que receberemos o consolo do perdão divino quando, arrependidos, pedimos que Deus nos perdoe por amor a Cristo. Além disso, será lá que Deus, através da leitura e da pregação do evangelho, nos fortalecerá a fé para continuarmos a fazer as coisas que o agradam. E saímos da igreja reabastecidos, prontos para vivermos como cristãos a nossa vida diária.
Que nós, a exemplo de nosso Salvador, tenhamos bons costumes. Eles nos ajudarão em nossa caminhada de fé e provarão que somos filhos de Deus.
Oremos: Bondoso Deus, ajuda-me para que eu imite o meu Salvador Jesus observando costumes que te agradam. Amém.
Pastor Egon Martim Seibert

sábado, 3 de janeiro de 2009

5 minutos com Jesus

“Anuncie que todos os seres humanos são como a erva do campo e toda a força deles é como uma flor do mato” (Is 40.6).

Sem medo da morte

Poucas pessoas gostam de falar sobre o fim da vida. Aliás, muitos, quando ouvem a palavra morte, chegam a bater três vezes na madeira acreditando que isso as afastará dela. Porém nada mais certo do que isto: um dia, todos haveremos de nos defrontar com ela.
O profeta Isaías, há mais ou menos dois mil e setecentos anos atrás anunciou da parte de Deus esta verdade: “Todos os seres humanos são como a erva do campo e toda a força deles é como uma flor do mato. A erva seca, e as flores caem quando o sopro do Senhor passa por elas. De fato, o povo é como a erva. A erva seca, a flor cai, mas a palavra do nosso Deus dura para sempre”. A vida humana é passageira como a existência das ervas e das flores. Porém, ele salienta: a Palavra de Deus é eterna (Is 40.6-8).
Amigos, o fato de que a Palavra de Deus é eterna é consolador para os cristãos, pois garante que podemos confiar naquilo que ela promete: a vida eterna. Sim, embora tenhamos que nos defrontar com a morte um dia, existe a garantia de que os que crêem nele viverão assim como ele vive. Por isso, nada de medo ou de pavor por causa da morte. Jesus já a venceu quando ressuscitou. E a nós está reservada, pela fé nele, a mesma vitória.
Oremos: Bondoso Deus, fortalece a minha fé em Jesus para que eu não sinta medo da morte e me alegre, desde agora, com a verdade da ressurreição. Amém.
Pastor Egon Martim Seibert

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

5 minutos com Jesus

“Pois a terra ficará cheia do conhecimento da glória do Senhor assim como as águas enchem o mar” (Is 11.9).

Um mundo perfeito

Quem de nós não gostaria de viver num mundo onde não haverá guerras, onde as pessoas não serão assaltadas, seqüestradas e mortas, onde ninguém explorará o seu semelhante? Embora isso pareça um sonho, esta é a promessa que o profeta Isaías nos traz em seu livro, no capítulo 11, versículos 1 a 10, onde ele fala do reinado de paz do Messias prometido, que um dia alcançará a todos os que nele confiam.
Que quadro lindo nos é pintado neste texto bíblico: animais como lobos e ovelhas, leopardos e cabritos, bezerros e leões, que hoje são inimigos naturais, viverão lado a lado sem derramamento de sangue. Crianças brincarão perto de cobras, sem que nenhum mal lhes aconteça, porque a terra estará cheia do conhecimento de Deus, e não mais existirá o mal. Será um mundo perfeito.
Pois estes são o novo céu e a nova terra que nos estão reservados no reinado do Messias, ou seja, Jesus, aquele que veio ao mundo, aqui sofreu e morreu para pagar a nossa dívida de pecados, que ressuscitou para que tivéssemos a certeza de que, assim como ele vive, também viveremos.
Que você e eu, neste novo ano, continuemos a confiar em Cristo para que, no fim dos tempos, possamos estar neste novo mundo onde se viverá em plenitude a alegria e a felicidade.
Oremos: Senhor Deus, firma a minha fé em Jesus para que um dia eu possa participar da vida que ele reserva aos que nele crêem. Amém.
Pastor Egon Martim Seibert